quarta-feira, 21 de abril de 2010

A mesmice do triunfalismo

A cada eleição ouvimos predições dos astrólogos, numerólogos, videntes e profetas do Diabo, que utilizando os meios de comunicação ou a imprensa, anunciam quem será o vencedor do pleito.
É a mesmice de sempre. O mapa astral do candidato A favorece a sua eleição, a não ser que o mapa astral do canditao B, indique o contrário. Nada me surpreende. O mundo jaz no maligno e o povo gosta de ser enganado, afinal "enganando e sendo enganado".
O que me surpreende são os profetas da prosperidade, os que só falam coisas boas e agradáveis aos ouvidos, cujas mensagens visam resolver os problemas do homem, mas não atingem seu coração nem o transformam.
Nos últimos anos convivemos com os apóstolos e profetas que vendem a mensagem da fé em troca de gordas recompensas. Um Balaão apócrifo, que nem mesmo a jumenta consegue alertá-lo. Agora surgiram os apóstolos e profetas que aprenderam a técnica de levantar dinheiro em suas ministrações. Provocam comichões nos ouvidos, atiçam a curiosidade e têm uma mensagem revestida de uma aura de piedade, quando na verdade agem como lobos devoradores no meio do rebanho em todas as denominações.

Esses pregadores que vendem CDs mal gravados, com mensagens ao preço de um CD de um cantor, apostilas e livros a preços exorbitantes, mais caros que os livros de editoras seculares, provocam-me um asco. E vendem unção! Sim, porque a unção deles tem preço! "O profeta de Deus abençoará a sua vida", desde que a oferta seja gorda.
Porém, a "unção" não leva para a cruz. Não transforma a vida, não muda o coração pois são superficiais, atingem somente o ouvido. " Como ouvirão se não há quem pregue?".
A minha oração é pela misericórdia de Deus. A igreja precisa de palavras que mudem a vida e tragam arrependimento. Chega de triunfalismo!

domingo, 11 de abril de 2010

Panis et circenses

Vivemos um momento crucial na vida evangélica brasileira. Estamos no limiar de um avivamento. Deus tem manifestado a sua presença na vida de muitos que não conseguem viver mais na hipocrisia do evangelho do espetáculo. Assim como a sociedade é norteada pela mídia, a igreja passou a sustentar-se pelas regras do espetáculo, alguns infelizmente, um circo mambembe.
A antiga expressão latina, diz que se o povo tiver pão e circo (panis et circenses) tudo estará bem. Não importa se a vida política, religiosa e ética está capenga, claudicante... desde que haja um pouco de alimento e riso, tudo estará bem.
Para muitos cristãos desde que o "cultus" seja um espetáculo não há necessidade da presença de Deus. Voltam para suas casas entorpecidos pelas músicas, a palavra que não confronta e os objetos sagrados ( sal, óleo, ramo, lenço ungido, etc...) Iludem-se com a pantomínia, com as mágicas nos púlpitos.
Na sua imensa misericórdia, Deus, tem levantado um povo remanescente que não quer impor conceitos, criar divisões ou implantar denominações, mas sim viver o Evangelho na sua simplicidade, andando de casa em casa e pregando a Palavra - ao invés de disputar espaço nos púlpitos - curando os enfermos - ao invés de oferecer espetáculos de milagres - e orando em todo o tempo.
Que Deus tenha misericórdia de Nossa Nação e daqueles que pensam que crescimento é apenas numérico.