sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O novo Santo dos Santos

A tradição pentecostal brasileira - falo apenas do que conheço - criou duas classes de crentes: os ungidos que sobem ao púlpito e os demais. Aos ungidos todas as benesses e aos demais a disputa para conseguir subir de posição eclesiástica.
Essa distinção entre crentes da mesma igreja tem levado a uma disputa desenfreada pelo poder. Ora, que diferença há entre participar do canto congregacional e o cantar no coral? Ou, que diferença há entre entoar um hino avulso e participar do Ministério de Louvor? Nenhuma, exceto, pelo poder de atração que o púlpito exerce.
O púlpito virou um manto sagrado, a tal ponto, que em muitas igrejas é considerado intocável: o novo Santo dos Santos. É ali que os ungidos - nem sempre por Deus - e escolhidos pelo pastor demonstram as suas habilidades musicais ou de oratória, e às vezes, nenhuma.
O exibicionismo chegou a tal ponto que se o presbítero ou evangelista não for convidado para subir ao púlpito vai para casa irado porque foi preterido. Sem contar as dezenas de saudações - o Silvio Santos passa vergonha - e hinos avulsos, todos com o objetivo de "dar oportunidade aos irmãos" que estão no púlpito. E o restante da congregação? Para essa resta apenas assistir o culto, sim pois não há participação.
A programação é um rito. Segue sempre o mesmo estilo, sem oportunidades para o Espírito Santo mudá-la. Somos cada vez mais evangélicos católicos. Por ironia, os católicos, querem transformar suas missas em cultos. Na maioria das igrejas a palavra é apenas mais um atrativo, deixou de ser o prato principal. Meia hora de pregação é muito em um culto que dura duas horas. Há sim muita leitura de textos bíblicos e saudações.
Haverá um tempo em que certamente a cruz de Cristo despertará os corações da liderança. O véu que separava o Santo dos Santos foi rasgado de alto abaixo, menos em algums denominações. A Ele e só a Ele seja toda a glória e que todo o sofisma caia por terra.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um choro sincero

Conheço o Pr. David Wilkerson - infelizmente não pessoalmente, mas através de suas obras - desde a adolescência quando li A Cruz e o Punhal. Sua trajetória ministerial é irretocável, sem invencionices e firmada na palavra. Diante de tantos absurdos propagados como obra do Espirito Santo, é preciso que os verdadeiros profetas se levantem com autoridade para denunciar os falsos profetas e apóstolos que buscam tão somente o enriquecimento ilícito, através de promessas de prosperidade.
Nos últimos anos Pr. David tem denunciado a degradação do Evangelho, voltando-se, principalmente para a teologia da prosperidade, um mal que precisa ser extirpado de nosso meio. Há muitos pastores enriquecendo do Evangelho e explorando a Fé dos irmãos.
Quando falamos de unção, a situação é caótica. Tem gente uivando como lobo, dirigindo a congregação incorporando um cachorro, cantando hinos de louvor ao dinheiro. São situações tão degradantes que remetem ao piores momentos de Israel, quando sacrificava seus filhos aos ídolos.
Nossa oração deve ser a dos apóstolos pós prisão: "Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus" - Atos 3: 29-31.

Por motivos técnicos não consegui postar aqui o vídeo. O endereço está aí abaixo. Assista!
assista o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=0LeQOAKCz70&feature=related